“É óbvio que a austeridade da República afeta os Açores”, salientou Graça Silva

PS Açores - 16 de abril, 2015
“Os Açores não são uma bolha; pertencem a um país e sofrem das mesmas políticas que o Governo da República implementa para o restante território nacional”, frisou Graça Silva. A deputada socialista falava esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. Graça Silva lembrou que os números da pobreza no nosso país cresceram dois pontos percentuais desde que este executivo nacional entrou em funções, tendo crescido de 17,5% em 2011 para 19,5% em 2014. A parlamentar socialista criticou que “Passos Coelho prefira diminuir a TSU às empresas em vez de reduzir a carga fiscal aos trabalhadores”, destacando que a “própria OCDE veio reconhecer que Portugal é dos países com maior carga fiscal, derivada do trabalho”. Graça Silva destacou que o Governo dos Açores “tem ido ao limite das suas competências”, para “mitigar o mal que tem sido infligido aos trabalhadores Açorianos, nomeadamente com a reposição dos cortes que o Governo da República fez aos trabalhadores”. “A reposição dos cortes salariais, a remuneração complementar, os aumentos dos apoios sociais, dos abonos de família e até mesmo a redução dos impostos nos Açores são exemplos de que a governação regional tem outra postura, mesmo quando o Governo da República decide não repor as transferências para a Região para níveis de 2013”, salientou a socialista. “O Governo da República do PSD quer retirar rendimento ao trabalho para depois doar em esmola aqueles que trabalham; exemplo disso foi o crescimento explosivo do número de cantinas sociais por todo o país e o facto de em Portugal, 10% dos trabalhadores viverem abaixo do limiar da pobreza. Os Açores não são uma bolha e não estão imunes às decisões nacionais. Mas que não restem dúvidas: o Governo dos Açores socialista tudo faz para atenuar estes impactos”, concluiu Graça Silva.